ATA DA CENTÉSIMA VIGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 18-12-2008.
Aos dezoito dias do mês de dezembro do ano de dois
mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Dr.
Raul, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Luiza, Neuza Canabarro,
Professor Garcia e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Maria
Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mauro
Zacher, Nilo Santos, Nereu D'Avila e Sofia Cavedon. À MESA, foram encaminhados:
pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 273/08
(Processo nº 6655/08); pela Vereadora Neuza Canabarro, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 266/08 (Processo nº 6513/08); pelo Vereador Professor Garcia, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 270/08 (Processo nº 6643/08). Também, foi apregoada
a Emenda nº 01, de autoria dos Vereadores Carlos Comassetto, Líder da Bancada
do PT, Sofia Cavedon e Aldacir Oliboni, ao Projeto de Lei do Executivo nº
058/08 (Processo nº 6806/08). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
1371346, 1371369, 1372843 e 1375831/08, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério
da Saúde. Durante
a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Nonagésima Nona Sessão Ordinária e
da Quadragésima Oitava, Quadragésima Nona e Qüinquagésima Sessões Solenes. Após,
o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Márcio
Pizzato, Presidente da Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico Limitada –
Unimed Porto Alegre –, que se pronunciou acerca da abrangência e qualidade dos
serviços prestados por essa empresa, afirmando que a Unimed hoje se constitui
na maior experiência cooperativista do mundo e na maior rede de assistência
médica do Brasil. Ainda, apresentou dados atinentes à tributação municipal
verificada junto às cooperativas de trabalho, propugnando por alterações na
base de cálculo do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS. Na ocasião,
nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Adeli Sell, Claudio Sebenelo,
José Ismael Heinen, Dr. Raul, Ervino Besson, Alceu Brasinha e João Carlos Nedel
manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Ainda, o
Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Pedro Ruas, eleito
Vereador de Porto Alegre. Às quatorze horas e vinte e oito minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e trinta e
um minutos, constatada a existência de quórum. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador
Marcelo Danéris, em tempo cedido pela Vereadora Neuza Canabarro, agradeceu a
todos que colaboraram para viabilizar o exercício de suas funções como Vereador
de Porto Alegre, asseverando ter pautado sua atuação pela luta constante por
uma sociedade mais justa e igualitária. Finalizando, declarou seu orgulho por
ter integrado, como candidato a Vice-Prefeito, a chapa da Frente Popular nas
eleições municipais ocorridas no mês de outubro do corrente. A seguir, foi
apregoado o Ofício nº 1.289/08, do Senhor Ario Zimmermann, Presidente do Conselho
Regional de Economia, tendo o Senhor Presidente determinado o apensamento desse
documento aos autos do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/08
(Processo nº 3912/08). Após, constatada a existência de quórum deliberativo,
foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Sebastião Melo,
solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Na
oportunidade, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos
Vereadores Dr. Goulart, Nilo Santos, Carlos Comassetto, Professor Garcia,
Haroldo de Souza, Beto Moesch, Alceu Brasinha, João Antonio Dib, Maristela
Maffei e Guilherme Barbosa, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca
da ordem dos trabalhos da presente Sessão. A seguir, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em continuidade, foram apregoadas as Emendas no
01, de autoria dos Vereadores Carlos Comassetto, Líder da Bancada do PT,
Aldacir Oliboni e da Vereadora Sofia Cavedon, e nº 02, de autoria do Vereador
Carlos Comassetto, ao Projeto de Lei do Executivo nº 058/08 (Processo nº
6806/08). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo
nº 219/08, o qual teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento,
aprovado, de autoria do Vereador Aldacir Oliboni. Em Votação Nominal, 2º Turno,
foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/07, com ressalva das
Emendas apostas, por vinte e seis votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Elias Vidal, Ervino Besson, Guilherme Barbosa,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela
Maffei, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nilo Santos, Professor Garcia,
Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Na oportunidade, o Vereador José Ismael Heinen
registrou sua intenção de votar favoravelmente ao Projeto de Emenda à Lei
Orgânica nº 005/07. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos
02, 04 e 05, apostas ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/07, por vinte e
nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Ervino Besson, Guilherme Barbosa,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste,
Maria Luiza, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nilo Santos,
Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 056/08, após ser discutido pelos
Vereadores Adeli Sell, João Antonio Dib, Carlos Todeschini, Bernardino
Vendruscolo e Professor Garcia. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a
presença, neste Plenário, do Senhor Antonio Fernando Moussalle, Diretor-Geral
do Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 055/08, após ser discutido pelo
Vereador Guilherme Barbosa. Na ocasião, o Vereador Carlos Comassetto
declarou-se impedido, nos termos do artigo 177 do Regimento, de votar o Projeto
de Lei do Executivo nº 055/08. Em prosseguimento, foram apregoadas as seguintes
Emendas: de nº 01, de autoria do Vereador Professor Garcia, Líder do Governo,
ao Projeto de Lei do Legislativo nº 049/07 (Processo nº 1616/07); de nº 01, de
autoria dos Vereadores Beto Moesch, Dr. Goulart, Líder da Bancada do PTB,
Haroldo de Souza, Líder da Bancada do PMDB, João Antonio Dib, Líder da Bancada
do PP, Maristela Maffei, Líder da Bancada do PCdoB, e Maurício Dziedricki, ao
Projeto de Lei do Executivo nº 040/07 (Processo nº 9731/07). Também, foram
aprovados os seguintes Requerimentos, solicitando dispensa de envio de Emendas
à apreciação de Comissões Permanentes: de autoria do Vereador Carlos
Comassetto, com referência às Emendas nos 01, 02 e 03, apostas ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 003/08 (Processo nº 3287/08); de autoria
do Vereador Carlos Comassetto, com referência às Emendas nos 01 e
02, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 058/08; de autoria do Vereador
Professor Garcia, com referência à Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 049/07. A seguir, o Senhor Presidente informou que amanhã serão
realizadas reuniões entre Vereadores e representantes da Secretaria do
Planejamento Municipal acerca de proposições do Executivo Municipal relativas
ao Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e ao Sport Club Internacional em tramitação
neste Legislativo. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de
Lei do Legislativo nº 049/07 e a Emenda nº 01 aposta. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 003/08, com
ressalva das Emendas apostas, por vinte e três votos SIM, após ser discutidos
pelos Vereadores Guilherme Barbosa e Carlos Comassetto, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Guilherme Barbosa, tendo votado os Vereadores Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco
Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maristela Maffei,
Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nilo Santos, Professor Garcia e Sebastião
Melo. Foram votadas conjuntamente e rejeitadas as Emendas nos 01, 02
e 03 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 003/08, por seis
votos SIM e dezoito votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador João
Carlos Nedel, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos
Todeschini, Guilherme Barbosa, Maristela Maffei, Sebastião Melo e Sofia Cavedon
e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo,
Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João
Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Neuza Canabarro, Nilo Santos e Professor
Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 025/08. Às dezesseis horas, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e quatro minutos, constatada a
existência de quórum. Em continuidade, o Senhor Presidente declarou encerrada a
Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Alceu Brasinha demonstrou sua
contrariedade em relação às tarifas cobradas pelas instituições bancárias no
País, afirmando que os lucros obtidos pelos bancos são exagerados e
injustificáveis. Ainda, protestou contra hipermercados estrangeiros que se
instalam no Brasil, argumentando que esses empreendimentos contribuem para o
desaparecimento do pequeno comércio local. Finalizando, elogiou a conclusão das
obras da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela
oposição, o Vereador Carlos Comassetto discorreu acerca do papel desempenhado
pelos Vereadores que não compõem a base de sustentação do Governo nesta Casa,
salientando a participação desses Parlamentares nas votações que vêm sendo
realizadas neste Legislativo no corrente mês. Nesse contexto, asseverou que
propostas dos Vereadores de oposição, as quais buscavam aprimorar proposições
do Executivo Municipal, foram analisadas inadequadamente. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, o Vereador João Carlos Nedel propugnou por mais entendimento entre as
diversas Bancadas desta Casa, com relação à aceleração na discussão e votação
de Projetos pendentes. Ainda, contraditou afirmações do Vereador Alceu
Brasinha, em Comunicação de Líder, com referência aos lucros obtidos pelos
bancos no Brasil, analisando aspectos implicados na negociação de dinheiro e
títulos, que contribuem para compor esse quadro. Às dezesseis horas e vinte e
quatro minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada
pelo Vereador Carlos Comassetto, o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para Sessão Extraordinária a ser
realizada amanhã, às nove horas. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores
Sebastião Melo e Claudio Sebenelo e secretariados pelos Vereadores Ervino
Besson e Aldacir Oliboni. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei
fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos
do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos
seus integrantes.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Havendo
quórum, passamos à
O Sr. Márcio Pizzato, representando a Sociedade
Cooperativa de Trabalho Médico Ltda - Unimed Porto Alegre, está com a palavra,
pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo à
Tributação Municipal frente às Cooperativas de Trabalho.
O SR. MÁRCIO PIZZATO: Exmos
Vereadores, demais autoridades aqui presentes, senhoras e senhores; boa-tarde a
todos. É uma honra ocupar este espaço tão nobre que é símbolo da democracia
porto-alegrense.
Primeiro vou apresentar-lhes o Sistema Unimed, que é a maior experiência cooperativista de saúde em todo o mundo e também a maior rede de assistência médica do Brasil. O sistema nasceu com a fundação da Unimed Santos, em São Paulo, no ano de 1967. Hoje, é composto por 377 cooperativas médicas, que prestam assistência para mais de 15 milhões de clientes e 73 mil empresas em todo País. Os clientes Unimed contam com mais de 106 mil médicos, 3.596 hospitais credenciados, além de pronto-atendimentos, laboratórios, ambulâncias, transporte aeromédicos, hospitais próprios e credenciados para garantir a qualidade na assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar. A Unimed Rio Grande do Sul tem 13 mil médicos cooperados, somos 31 cooperativas, um milhão e 600 mil beneficiários, 15 vezes Top of Mind da Revista Amanhã, proporcionando cobertura em 100% dos municípios gaúchos.
A nossa Unimed, a Unimed de Porto Alegre, abrange
33 Municípios. É isso mesmo, Srs. Vereadores, a Unimed de Porto Alegre não se
restringe apenas ao Município de Porto Alegre, e sim, a 33 municípios! É líder
de mercado de assistência à saúde em Porto Alegre assim como da Região
Metropolitana e Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Reúne 5.800 médicos cooperados, 445 mil clientes, 376 pontos de atendimento, entre
serviços credenciados, hospitais, clínicas, laboratórios e estruturas e
serviços próprios. Geramos 822 empregos diretos.
Venho
ocupar este espaço para falar dessa importante Cooperativa e de um tema muito
caro, não só à Unimed como aos contribuintes em geral e ao Governo: o ISS.
Vejam senhores, com a legislação atual, a Prefeitura acaba por onerar a
Cooperativa e, conseqüentemente, todos os seus cooperados.
Viemos
aqui buscar o equilíbrio nessa cobrança, e entendemos que o justo seria que
esse imposto incidisse sobre a margem obtida e entre a receita do ato
cooperativo auxiliar e os custos pagos a hospitais e serviços credenciados, e
não sobre a receita bruta dos atos auxiliares. Entendemos que o serviço
prestado pela Cooperativa é apenas a administração do plano de saúde, não
havendo o tributo sobre a base da receita de serviço médicos e/ou hospitalares.
Neste sentido, inclusive, já existindo precedentes do Superior Tribunal de
Justiça corroborando o nosso entendimento.
Vale
destacar que no nosso recurso junto ao Tribunal de Justiça, e que restou
julgado na última quarta-feira, o voto do Relator, acompanhado integralmente
pelos desembargadores Luiz Felipe Silveira Difini e Jorge Maraschin dos Santos,
acolheu a tese da Unimed Porto Alegre.
Como
pontuou o relator, a obrigação que autoriza a incidência do ISS é somente à
prestação do serviço de intermediação que a Unimed realiza entre os seus
clientes e médicos, laboratoristas e afins.
Recapitulando:
a discussão entre a Prefeitura e a Unimed Porto Alegre teve seu ponto alto em
2003, quando começaram as negociações acerca da base de cálculo do imposto.
Várias teses jurídicas foram levantadas, até que houve o consenso de que o ISS
seria calculado deduzidos os gastos com laboratórios, clínicas e hospitais.
Então,
restou o novo posicionamento da Prefeitura em relação às operadoras de planos
de saúde, refletido na Lei Complementar nº 501/03. Assim como o acerto financeiro do
período de 1993 a 2003, com o parcelamento concedido em 120 meses.
A partir de janeiro de 2004, a Unimed Porto Alegre
passou a pagar o parcelamento referente à dívida assumida de 1993 a 2003, e
também o valor do Imposto mensal. O valor do parcelamento atualmente é de
aproximadamente 300 mil reais/mês. O Imposto mensal que deveria ser recolhido
aos cofres do Município, de acordo com o entendimento da Unimed Porto Alegre, é
em média de 280 mil reais/mês, ou seja, até então a Unimed Porto Alegre estava
recolhendo aos cofres públicos meio milhão de reais por mês, pagos
religiosamente, senhores.
Vejamos alguns exemplos de outras Unimeds: a Unimed
Belo Horizonte tem a sua base de cálculos formada pela receita de atos
auxiliares deduzidos os custos assistenciais, laboratórios, clínicas e
hospitais, sem limitador, com alíquota de 2%. Peguemos uma Unimed aqui do nosso
Estado, a Unimed Nordeste, que compreende Caxias do Sul e Região, traz a
receita de atos auxiliares deduzidos os custos assistenciais sem limitador, com
a alíquota de 4%. Peguemos o exemplo da Unimed Capital do nosso Estado vizinho,
a Unimed Florianópolis tem em sua base de cálculo formada pelo total da
receita, deduzidos os custos assistenciais sem limitador, com alíquota de 5%.
Vejamos outros exemplos no País, uma grande Unimed no Interior de São Paulo,
Unimed Bauru, é totalmente isenta de pagamento de ISS. Outras grandes Unimeds
de Capitais, como a Unimed Rio e a Unimed Curitiba, estão em discussão judicial
pela isenção total do pagamento desse Imposto. Mas a Unimed Porto Alegre tem
posicionamento que visa ao equilíbrio.
Considero importante reforçar que a Unimed Porto
Alegre, no curso deste processo, vem depositando em juízo o total dos valores
do ISS em discussão. Nosso último depósito no dia 10 de dezembro foi de 830 mil
reais mais os 300 mil do parcelamento da dívida antiga.
Caros Vereadores, somente um Imposto, mais de um
milhão de reais! Pedimos aos senhores que não inviabilizem essa grande Cooperativa de trabalho médico e
que nos deixem manter a sede da Unimed Porto Alegre em Porto Alegre.
Os
valores estando depositados não beneficiam a Cidade, que não pode fazer uso dos
mesmos. O Município perde, porque tem valores retidos que não podem ser
convertidos em melhorias para a população. Os cidadãos porto-alegrenses, por
sua vez, são tolhidos do direito de ver a sua Cidade crescer de maneira
sustentável e ordenada, se utilizando de recursos que são seus por direito.
Somos
uma cooperativa de trabalho médico. Portanto, não visamos ao lucro, temos as
nossas ações calcadas na solidariedade. Sempre que a Prefeitura nos chamou para
uma ação solidária, nós estivemos presentes. Só para falar de uma delas, o
mutirão para a fila das consultas. Nós comparecemos fortemente ajudando a atual
gestão para terminar com a fila das consultas do SUS. Nossas ações são calçadas
na solidariedade, na democracia e equidade, tendo como núcleo a dignificação do
ser humano.
Acreditamos que a união supera o
individualismo, trazendo vantagem para todos, tanto no âmbito financeiro,
quanto no social. Conforme essa lógica, vimos aqui pedir a sua reflexão em
torno desse tema que tem impacto direto no crescimento sustentável de nossa
Cidade e das empresas que aqui atuam. Meu muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Convido
para compor a Mesa o Dr. Márcio Pizzato. Muito bem-vindo à nossa Casa, o senhor
que representa uma grande entidade, com tantos serviços prestados ao nosso
Brasil, à nossa Cidade.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ADELI SELL: Em nome
da Bancada do Partido dos Trabalhadores, do nosso Líder, Ver. Carlos
Comassetto, eu quero dizer ao Dr. Pizzato e aos membros da Unimed que achamos
de fundamental importância o seu pronunciamento, porque nós temos tido alguns
cuidados, e debatemos, inclusive hoje pela manhã, essa questão da tributação.
Nós devemos tirar da nossa agenda a questão da bitributação. Nós precisamos
fazer com que todas as instituições paguem o seu tributo rigorosamente, como
foi colocado pelo Dr. Pizzato, mas nós achamos que não pode haver cobrança de
imposto sobre imposto, porque isso vem em prejuízo das organizações. Portanto,
a nossa Bancada, junto com outros Vereadores, tem acompanhado essa questão, tem
discutido com o Governo, e nós temos uma Emenda ao Projeto do Executivo que
trata de questões tributárias. Esperamos que, nos próximos momentos, possamos
votar, aprovar e voltar aos patamares de 2003. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: O Dr. Pizzato,
um amigo que, além de ser uma grande liderança médica, também é uma figura
importante da nossa Cidade, e, às vezes, nos traz dados absolutamente
assustadores sobre as questões tributárias de uma cooperativa médica. Nós não
estamos falando de empresa, nós estamos falando de uma cooperativa médica com
essa importância e com esse percentual mensal de contribuição fantástico, que,
muitas vezes, inviabiliza uma empresa. Um dos impostos que ela paga, das
dezenas dos impostos que ela paga, é o ISSQN. Parece-me que pela sua
importância social, por essa superposição de impostos, nós vamos ter que rever
isso do ponto de vista legal, do ponto de vista jurídico, mas, também, do ponto
de vista político e administrativo. Eu já tinha conhecimento, e o que me
assusta é que, há seis meses, o Ver. Sebastião Melo visitou V. Exª lá na Unimed
- nós estávamos junto, pois era uma visita oficial da Câmara Municipal - e
ficamos sabendo que o depósito judicial era de, mais ou menos, 500 mil reais e
já está em 800 mil reais mensais! Isso, realmente, mostra não só a grandeza da
Unimed, mas os problemas a serem enfrentados com as questões fiscais.
Tenha em cada um de nós não só um aliado, mas um
defensor, não digo de uma isenção de tributos, mas de uma diminuição
importante, especialmente daquela superposição de impostos. Muito obrigado pela
sua presença aqui; é uma honra.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registro a
presença do Ver. Pedro Ruas nesta Casa.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo;
Dr. Pizzato, representando a Unimed, em nome do Democratas, mas principalmente
em meu nome, porque sobejamente sou um cooperativista e defendo essa posição,
eu vejo essa preocupação, porque ela é nacional. Chama-se o ato cooperativado,
a bitributação: ela é ilegal. Na própria formatação das leis das cooperativas,
isso faz com que, com certeza, no futuro, a lide, essa justiça, venha em favor
da Unimed. Mas nesse tempo todo nós temos que preservar essa instituição
fabulosa que é a Unimed, que acredito estar hoje pagando um ônus por se chamar
cooperativa. O cooperativado não está tendo seus direitos respeitados,
inclusive os constitucionais. Faço votos de que a gente possa chegar a um
denominador comum que favoreça o cumprimento dessa lei. Eu não estou por dentro
das nuances dessa luta, mas se ela está baseada na bitributação, no ato
cooperativo, é mais do que justa, e tenho certeza de que haveremos de chegar a
um bom denominador. Pode contar conosco para o que for necessário. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. DR. RAUL: Nobre
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Exmo Senhor, Doutor e amigo Márcio
Pizzato, conhecido meu há muito tempo como cooperativado da Unimed que sou,
hoje aqui, como Vereador da base do Governo, também acredito que está na hora
de ser criado um ambiente para que haja esse entendimento. Por quê? Porque a
Unimed presta serviços inestimáveis a Porto Alegre; ela é um dos maiores
contribuintes, e agora está recolhendo o ISS judicialmente. Eu acho que a
Unimed tem a sua parcela de contribuição a dar para a nossa Cidade, bem como
tem que haver um reconhecimento do Poder Público Municipal e uma adequação
dessa tributação. Então, nós, Vereadores, que somos pessoas que estamos sempre
encaminhando demandas, é importante que não faltemos neste momento, fazendo um
encaminhamento mais forte para que haja um real entendimento que beneficie o
trabalho médico àquelas pessoas que são efetivamente os maiores beneficiários:
os usuários do sistema Unimed Porto Alegre e da Grande Porto Alegre. É
importante também que haja o reconhecimento da Cidade em relação à Unimed e
também um reconhecimento tributário justo, que se ajuste para o melhor para a
Cidade e para o melhor para a Unimed. Nós somos parceiros nessa reivindicação.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Ervino Besson está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ERVINO BESSON: Caro Presidente, Ver. Sebastião Melo;
Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, Dr. Márcio Pizzato, Presidente da Sociedade Cooperativa de Trabalho
Médico - Unimed. Meu caro Dr. Márcio, eu sou um homem que acredita que haverá
uma mudança neste País, mas para que ocorra essa mudança, no meu entendimento,
é necessário que o sistema cooperativista, como segmento, tenha prioridade. Eu,
como Presidente da Frencoop, Frente Parlamentar de Apoio Cooperativista desta
Casa, entendo que V. Sª vem a esta Casa num momento muito importante. Nós temos
que rever essa bitributação do sistema cooperativista, porque esse sistema, sem
dúvida nenhuma, é o caminho para que o nosso País saia do marasmo em alguns
segmentos, pelo menos é assim que eu penso. Eu vejo, Doutor, que a mudança só
começará com uma revisão do sistema cooperativista.
Portanto,
eu quero que V. Sª receba, aqui, da Bancada do PDT, o nosso abraço, e que V. Sª
o retransmita a todo o grupo da Unimed, ou seja, aos 822 empregados diretos.
Esse é um trabalho extraordinário! Isso é muito bom, pois nós temos que unir
nossas forças - todos os segmentos, juntamente com os Parlamentos -, para que
nós consigamos, sim, de uma força, de uma união, de uma parceria, fortalecendo
cada vez mais o sistema cooperativista.
Que
vocês tenham um brilhante Natal, um Ano Novo com muita paz, muita saúde, e que
vocês continuem nessa luta! Eu tenho certeza que a maioria dos Vereadores e
Vereadoras desta Casa também serão parceiros para que nós possamos, sim, cada
vez mais, fortalecer o sistema cooperativista. O meu abraço!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Alceu Brasinha está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Dr.
Márcio Pizzato, eu gostaria de dizer o quanto a Unimed é importante para nós.
Eu e a minha família sempre tivemos uma dedicação da Unimed. Eu sempre fui um
usuário e também pago a minha mensalidade. Certamente, o PTB está junto nessa
luta dos Srs. Doutores. Eu sou uma pessoa que defende a redução dos impostos,
podem ter certeza absoluta. Sou favorável, sim, ao Projeto do Ver. Sebastião
Melo para aumentar o ISSQN dos bancos, porque banco ganha muito dinheiro. Eu
sou sempre favorável a cobrar deles, porque eles sabem cobrar tudo da gente;
agora, para uma cooperativa como a Unimed, podem ter certeza absoluta, eu sou
favorável a baixar o imposto. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Em
nome da nossa Bancada, a do Partido Progressista - dos Vereadores João Antonio
Dib, Beto Moesch e deste Vereador -, dou as boas-vindas ao Dr. Pizzato,
presidente da Unimed, dizendo que nós estamos estudando este assunto junto com
outras Bancadas, e que achamos razoável o seu pleito. Estamos articulando
também com o Executivo para ver se conseguimos conciliar esses detalhes. Só,
Dr. Pizzato, lamento um pouco que esse diálogo tenha acontecido tão tarde; nós
gostaríamos de ter um pouco mais de tempo para poder examinar mais a fundo esse
assunto e, especialmente, articular junto ao nosso Executivo para que esse
pleito tenha bom termo. Mas o senhor tenha a certeza do nosso esforço em
resolver esse assunto, que é para o bem da Cidade. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero
agradecer ao Dr. Márcio pela presença, e, por extensão, à Diretoria da Unimed,
e lhes dizer que é um tema importante para a Cidade. Esta Casa em vários
momentos já enfrentou questões relativas à Unimed. Lembro que no final do
Governo Verle este foi um tema bastante debatido nesta Casa, depois, no Governo
Fogaça, tivemos mudanças nessa legislação, e tenho certeza de que a Casa tem a
compreensão de analisar com equilíbrio esta matéria. O Líder do Governo, com
certeza, está atento a isto, e nós vamos poder continuar conversando sobre o
tema. Quero agradecer a sua presença. Aproveito para solicitar que os Srs.
Líderes, neste período de despedida, compareçam aqui à presidência para
acertarmos a Pauta de agora à tarde. Muito obrigado, Presidente Pizzato.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às14h28min.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 14h31min): Estão
reabertos os trabalhos.
Agradeço a presença do Dr. Márcio Pizzato.
Passamos ao
O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo da Verª Neuza Canabarro.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
público que nos acompanha aqui e pela TV Câmara, quero aproveitar este Grande
Expediente, já agradecendo à Verª Neuza Canabarro pela troca do tempo, para
fazer uma singela despedida do nosso mandato aqui na Câmara de Vereadores,
visto que este Vereador concorreu a Vice-Prefeito, na chapa da Frente Popular,
e o seu mandato encerra agora, no dia 31 de dezembro.
Eu queria começar este Grande Expediente fazendo
alguns agradecimentos a figuras que me foram muito importantes nesta trajetória
de dois mandatos de Vereador na Câmara de Vereadores - hoje, como Presidente do
PT; antes como candidato a Vice-Prefeito.
Primeiro, eu queria agradecer o meu Partido, o
Partido dos Trabalhadores, porque, se hoje estou nesta tribuna e pude exercer o
mandato por seis anos e represento o Partido, representei junto à Frente
Popular, foi porque eu tenho uma caminhada junto a um Partido que marca a
história deste País, um Partido que representa a boa luta do movimento social,
comunitário, sindical; representa a boa luta por reforma agrária, a luta por
democracia, a luta por
democracia, a luta por liberdade, tantas bandeiras importantes, da esquerda,
dos socialistas, e é uma representação do diálogo, do que é o significado da
luta mundial desses velhos sonhadores que sonham com uma sociedade justa,
livre, igualitária e que vão continuar sempre lutando, porque, enquanto tiver
miséria, enquanto tiver exploração, enquanto tiver opressão, sempre teremos
companheiros e companheiras dispostos a lutar e a mudar essa realidade, e o PT
quer representar um pouco dessa história.
Eu
queria agradecer aos companheiros e companheiras da minha Bancada: o
Todeschini, o Adeli, o Guilherme Barbosa, o Comassetto, a Margarete Moraes, a
Sofia, a Maria Celeste, o Aldacir Oliboni, companheiros e companheiras que são
muito caros para mim; foi uma honra ter participado com eles neste último
mandato - e alguns, até no mandato anterior -, militando e lutando junto,
tomando decisão, debatendo, discutindo, chegando a consensos, a dissensos, mas,
de fato, unidos em torno de uma causa, de um programa, de um Partido e de uma
vontade de mudança, de transformação. Quero dizer que eu tenho muito orgulho de
ter participado deste mandato, nesta Bancada, ao lado de vocês.
Quero
agradecer também a equipe do meu gabinete, desde o primeiro mandato até o
segundo; e eu vejo aqui a companheira Nina Camarano, que foi Chefe de Gabinete
do primeiro mandato e que me acompanha neste segundo mandato, uma companheira
de todas as horas; o companheiro Manoel Rocha, uma liderança comunitária
importante, que sempre ajudou, esteve na luta brava desses oitos anos em que
estivemos juntos; o companheiro Felipe, que é uma aquisição nova, a juventude
que milita, participa e acredita na mudança e na transformação; o companheiro
Paulo Guarnieri, que é uma liderança comunitária e que tem se especializado nas
questões do Estatuto da Cidade, do Plano Diretor, tem compromisso local, tem
compromisso com a luta e tem uma história muito bonita; o meu companheiro e
amigo que eu conheço há muito mais tempo, antes dos mandatos, o Paulo Muzell,
que é um técnico, um servidor público, um militante de esquerda reconhecido na
história de Porto Alegre, e já vem, nessa participação, desde o primeiro
Governo Olívio Dutra, quando aqui a gente governou pela primeira vez, e muito
competente; a companheira Juliana, jornalista, amiga, parceirona em várias
horas; o companheiro Ireno, que não está aqui hoje, que é o nosso fotógrafo que
nos acompanhou durante a campanha e teve uma participação importante; gente da
noite, todo mundo conhece. Não estão aqui no plenário, ou pelo menos não vejo,
mas estão certamente no gabinete, a Adriane e o Rodrigo, que têm nos ajudado bastante
nestes últimos dias de mandato; a minha companheira, amiga - é um quadro
excelente -, técnica, servidora pública, companheira Ilza do Canto, que foi
fundamental neste mandato, principalmente no segundo mandato, aqui conosco;
queríamos nos preparar para fazer um mandato qualificado, que estivesse
pautado, Ver. Garcia, pela disputa política correta, com diferenças políticas,
em que se demonstram diferenças programáticas, ideológicas, diferenças de
Governo, mas está no campo da política e do bom debate da democracia, Ver.
Sebastião Melo, por que tanto lutamos; não está no campo pessoal, não está na
denúncia vazia, não está no denuncismo, nem no alarmismo, está num mandato que
procurou se preparar e representar bem a cidade de Porto Alegre e representar bem
a oposição.
No
meu primeiro mandato, de 2001 a 2004, tive a honra de ser Líder do Governo da
Frente Popular por dois anos, Governo que me orgulha muito e que, em 16 anos,
mudou, de fato, a cara de Porto Alegre, que era balizado pelas principais
bandeiras que não só o Partido dos Trabalhadores, mas também a esquerda
libertária do mundo inteiro que sempre quis democracia, justiça, democracia
participativa e direta, a luta pelos movimentos sociais, pelos trabalhadores,
pelas trabalhadoras, pelas minorias, pelas diferenças, pelas questões de
gênero, de raça, de etnia, tudo o que nos une para um mundo mais justo, que
acredito que esses 16 anos na Prefeitura nós tentamos, com muito esforço,
representar, e que tive a honra de ser o Líder por dois anos.
Nesse
segundo mandato, eu fui eleito Presidente do PT, em primeiro turno, com 56% dos
votos; é uma honra representar, não representar o Marcelo, nem representar o
mandato, nem só esta Bancada. Quando a gente está aqui - os meus companheiros e
companheiras sabem disso -, a gente não está representando a si, nem um
Partido, a gente está representando uma história, uma série de bandeiras, uma
série de lutas e uma caminhada que não começa aqui, nem termina aqui. Começou
muito antes e vai muito longe, porque vamos continuar trabalhando.
Quero
dizer da honra de ter participado desse período como candidato a Vice-Prefeito
de Porto Alegre em nome da Frente Popular e do Partido dos Trabalhadores, ao
lado da minha companheira Maria do Rosário, Deputada Federal, o que foi uma
honra muito grande, porque ela é uma pessoa digna, lutadora pela questão dos
direitos humanos, da criança e do adolescente, ao lado de um Partido, de
Partidos da Frente Popular que queriam representar muito deste
sonho, desta luta, desta caminhada e desta história, e tive a honra de ser
escolhido pelo meu Partido e pela Frente Popular, para ser candidato a Vice.
Com muito esforço, procurei representar um pouco de tudo isso, com humildade
para ouvir, com disposição para aprender e com muita garra para lutar, esse
foi, vamos dizer, o sentido dessa caminhada.
Por último, queria agradecer pela paciência,
companheirismo e parceria - e quem trabalha aqui em mandatos parlamentares sabe
disso - da minha família, e está aqui a minha esposa Rose, que é filiada ao PT
antes de mim, Garcia, ela que me trouxe para o PT. (Palmas.) E a minha filha
Luiza que fica perguntando: “Mas quando tu vais ser Vice, pai, vai haver outra
eleição?” Eu disse: “Não, agora vamos esperar um pouquinho, né Luiza?”
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Marcelo Danéris, nesses seus
dois mandatos, eu tive a oportunidade de ver, apesar da contundência de alguns
pronunciamentos seus, o seu crescimento político. V. Exª deixa esta Casa e, por
certo, trilhará outros caminhos, não deixando de lado a política que parece
estar no seu sangue. Em nome do Partido Progressista, quero desejar todo o
sucesso ao amigo. Saúde e PAZ!
O SR. MARCELO DANÉRIS: Obrigado,
Dib. E quero também referir que foi importante para a minha história e para a
nossa história ter participado daquela composição que fizemos aqui e que levou
V. Exª à Presidência, pela primeira vez, depois de 30 anos, da Câmara de
Vereadores. Assim como nós tivemos a honra, o orgulho de participar de uma
negociação, de uma composição política que elegeu a primeira mulher Presidente
da Câmara de Vereadores, a Verª Margarete Moraes.
O Sr. João Bosco Vaz: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Marcelo Danéris, não é preciso dizer
da minha admiração por V. Exª, e sei que V. Exª sabe disso; fomos líderes
juntos, aqui, eu fui Líder do PDT, e V. Exª do PT. Sempre disse a V. Exª que
esta Casa perderia muito com a sua decisão de não concorrer à reeleição de
Vereador. Acompanhei aqui, não só essa luta democrática, mas a sua ansiedade de
ser pai, de acompanhar a gravidez da esposa, depois o nascimento do nenê,
depois a sua ida para Brasília com a família, com o nenê, e nós sempre trocando
idéias nesse sentido. Conheço, então, inegavelmente, a sua qualidade pessoal, a
sua qualidade política, a sua qualidade de amigo. Eu me sinto muito honrado em
ter podido conviver com V. Exª e
ter podido compartilhar as nossas ansiedades. Um beijo no teu coração; segue a
tua vida, cuida da tua família, pois, sem a família, nós não vamos a lugar
nenhum.
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Obrigado
mesmo, Bosco, muito obrigado.
O
Sr. Luiz Braz: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Marcelo Danéris, com toda
certeza, a gente aprende muito dentro das divergências, os contrários nos
ensinam sempre muito. V. Exª sempre foi realmente, para mim, um grande guia com
relação àquilo que acontecia na situação, quando V. Exª estava aqui na situação
ou na oposição. V. Exª realmente deixa nesta Casa, com toda a certeza, uma lacuna,
porque a qualidade de V. Exª serviu sempre para fazer com que esta Casa se
tornasse melhor nos seus debates. Quero cumprimentá-lo, desejar-lhe muito
sucesso e, com toda certeza, onde V. Exª estiver, vai estar realmente fazendo
com que o segmento que estiver servindo, onde estiver integrado, seja realmente
bem melhor. Muito obrigado.
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Muito
obrigado, Ver. Braz.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Ver. Marcelo...
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Estivemos
juntos em Buenos Aires com o Ver. Garcia, que está atrás de V. Exª, e o Ver.
Sebastião Melo, na luta lá pelos parlamentos da América Latina.
O
Sr. Ervino Besson: Eu ia
lembrar daquele momento, mas, Vereador, eu quero abraçar V. Exª, saudar V. Exª
Nesse nosso convívio fraterno, eu aprendi muito com V. Exª também na forma de
respeitar as pessoas. V. Exª tem um desafio muito grande pela frente, um
desafio enorme, mas competência não lhe falta, tenho certeza disso. E V. Exª,
no ano que vem, terá esse desafio, como já disse, tenho certeza de que V. Exª
exercerá esse desafio com muita competência. Eu também tenho os meus desafios,
vamos ver, mas eu quero, de uma forma muito respeitosa, Vereador, dizer que
admiro o seu trabalho, admiro a sua juventude e admiro aquilo que V. Exª pensa
e defende, pois sempre teve respeito para com as pessoas. V. Exª sabe, não só
este Vereador, acho que todos os Vereadores desta Casa, que os 36 Vereadores e
Vereadoras têm um respeito muito grande por V. Exª Que Deus ilumine sua
caminhada, juntamente com sua família. Um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Obrigado,
Besson, igualmente.
O
Sr. Professor Garcia: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Marcelo Danéris, eu quero
dizer que V. Exª foi daqueles bons políticos que sempre souberam fazer o
debate, um debate ideológico, um debate de idéias. E sempre com serenidade,
jamais, durante esse tempo, o vi ficar exaltado. Então, eu também quero dizer
que aprendemos todos na boa relação. Quero parabenizá-lo, parabenizar a sua
família, que está em construção, e dizer dessa alegria, porque nessa nossa vida
agitada, quando chegamos em casa, precisamos sempre de suporte, e sei que a
Rose faz isso, juntamente com a sua filha. V. Exª está deixando este
Parlamento, mas Porto Alegre e o Brasil continuarão sempre tendo um grande
homem público, e onde V. Exª estiver, sei que vai estar sempre com as mesmas
idéias e os mesmos ideais, ou seja, lutando pelas minorias, lutando pela
igualdade de raça, gênero e etnias. Então, parabéns, e continue sempre com esse
seu norte, o norte do bom viver, de ouvir, é uma das características de V. Exª
Parabéns.
O
SR. MARCELO DANÉRIS:
Obrigado, Ver. Garcia.
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, para mim teve uma
importância muito grande conhecer V. Exª Eu, também, nem sei se fico no
Parlamento, porque sou suplente, mas foi uma grande honra conhecer V. Exª, uma
pessoa tão querida. Há poucos dias, encontrei pessoas que gostam muito de ti,
um rapaz chegou e me mostrou uma foto de V. Exª, de cabelos longos e com um
violão, e fiquei orgulhoso em ver um rapaz tão jovem e tão talentoso. Parabéns.
O
SR. MARCELO DANÉRIS:
Obrigado, Brasinha. Cabelos compridos e músico, que é a minha profissão.
O
Sr. José Ismael Heinen:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero trazer o meu
sentimento, o meu reconhecimento, e deixar a minha certeza registrada aqui,
porque nos conhecemos com as nossas convicções, nossos embates, e, talvez, por
isso, temos uma empatia e um respeito mútuo, e, de minha parte, uma profunda
admiração pela capacidade desse jovem, que muito ainda tem a fazer pela
comunidade, pela nossa Cidade e pelo Brasil. V. Exª está no caminho certo,
conte com a minha admiração, força e vontade de fazer, porque a gente chega lá.
Parabéns.
O
SR. MARCELO DANÉRIS:
Obrigado, Ver. Ismael.
O
Sr. Nilo Santos: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Danéris, em nome da minha
Bancada, o PTB, e como seu colega na CCJ, quero dizer que V. Exª sempre
representou muito bem o seu Partido na Comissão, e desejo sucesso nessa nova
jornada. Leve o carinho de todos os Vereadores que compõem a nossa Bancada. Um
grande abraço, e, Ver. Danéris, plebiscito já, para saber para aonde V. Exª
deve viajar!
O
SR. MARCELO DANÉRIS:
Vereador Sebenelo; trabalhamos desde o primeiro dia juntos...
O
Sr. Claudio Sebenelo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Querido Marcelo, primeiro, nós
saímos daqui, hoje, encantados com essa cena familiar maravilhosa! Em segundo
lugar, tu conseguiste ser um dos grandes na política, pela tua capacidade, mas,
principalmente, pela tua visão de mundo. Essa visão de mundo que te fez um
orador brilhante, mas muito mais do que isso, que entendeu que tem um espaço
para tudo. Só como um “PS”, para não esquecer: não te esquece e não te divorcia
nunca da música e de uma violinha, que é maravilhosa.
O
Sr. Carlos Comassetto: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nosso querido amigo e
brilhante companheiro, em nome da nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores,
podemos aqui dizer e afirmar que a nossa Bancada sentirá a sua falta neste Plenário,
e nas nossas lutas aqui no Legislativo. Mas, certamente, estaremos contigo, sob
a sua liderança, no avanço, na coordenação e no brilho da nossa Estrela, como
Presidente do Partido dos Trabalhadores aqui em Porto Alegre. Força! Luta!
Sempre vitória! Muito obrigado.
O
SR. MARCELO DANÉRIS:
Obrigado, Comassetto. E para encerrar, Sr. Presidente, agradecendo já pela
generosidade do tempo, eu quero dizer que eu agradeço muito à cidade de Porto
Alegre, Capital de todos os gaúchos por ter me dado a oportunidade de estar
aqui, por seis anos, como Vereador desta Cidade, de ter lutado ao lado das
causas que considero justas, importantes, para quem mais precisa, que é o nosso
norte. Eu dizia isso na campanha, para quem me acompanhou, que nós somos
sonhadores incorrigíveis. Vamos continuar sonhando e lutando por utopias, e
teve uma companheira que me disse assim: utopia é aquele negócio que está
sempre dois passos à frente da gente, a gente dá um passo, ela dá um, a gente
dá outro passo, ela dá outro, a gente nunca alcança, mas sempre nos faz avançar
e continuar avançando. Muito obrigado, Porto Alegre! Muito obrigado, a todos e
a todas. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Vereador Marcelo, quero-me somar aqui às manifestações dos meus colegas, e
dizer que política sem causa é como o corpo sem alma. Dizem muitos que a
política é o espaço de convivência, mas eu acho que, além de convivências,
pode-se fazer também amigos. Eu fui Líder do MDB aqui nesta Casa, quando V. Exª
foi Líder do Governo. Eu quero dizer - e digo em letras garrafais, porque nós
tivemos aqui excelentes debates - que sempre preservamos uma relação muito
qualificada do ponto de vista pessoal. E quero também dizer, e disse a V. Exª
várias vezes: há homens que não deveriam se afastar da vida pública. Eu sei que
V. Exª está-se afastando do mandato e não da causa pública, mas, com certeza,
esta Casa terá uma lacuna com a sua não-presença aqui. Mas tenho certeza que V.
Exª continuará contribuindo com o Brasil, com o Rio Grande e com a nossa Porto
Alegre. Parabéns e boas lutas. (Palmas.)
Acabo
de receber um telefonema do Dr. Ario Zimmermann, Presidente do CORECON/RS,
solicitando-me que repassasse esta informação aos Senhores Vereadores, para a
qual peço atenção de todos. “Ilustríssimo Senhor Vereador Sebastião Melo, M.D.
Presidente da Câmara de Vereadores desta Capital. O Conselho Regional de
Economia da 4ª Região - CORECON/RS -, em defesa dos interesses da categoria dos
economistas do Estado do Rio Grande do Sul, vem respeitosamente solicitar a
retirada de pauta do Projeto de Lei Complementar nº 3.912, que dispõe sobre a
organização do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Municipal. Este
pedido fundamenta-se na necessidade de um maior diálogo e busca de entendimento
para que os cargos contemplem as categorias profissionais de contadores,
economistas, administradores e advogados, poderem exercer funções no referido
Sistema. Anexamos, ainda, cópia do Ofício nº 845/08, de 12/09/08, encaminhado
ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, no qual já
encaminhávamos tal pleito. Na expectativa de um parecer favorável por parte de
Vossa Senhoria, subscrevemo-nos, Economista Ario Zimmermann, Presidente do
CORECON/RS”.
Vou
solicitar ao Dr. Luiz Afonso que determine o apensamento desse processo no
processo em andamento, e a cópia que se enviou ao Prefeito Municipal de Porto
Alegre.
O
Vereador Nilo Santos está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Desiste.
Em
votação a inversão dos trabalhos, passando de imediato para a Ordem do Dia. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) Aprovada.
Pergunto se o Ver. Adeli Sell quer usar a Liderança agora.
O SR. DR. GOULART (Questão de Ordem): O
Ver. Nilo Santos não se manifestou porque, juntamente com o Líder do Governo,
combinamos que entraríamos direto nos trabalhos de votação, e ninguém se
manifestaria de outra maneira.
O SR. NILO SANTOS (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, até porque, se não vão acelerar o processo, quero fazer uso do Grande
Expediente; eu abri mão exatamente para que se acelerasse o processo e
votássemos o que é importante.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Faço um apelo
ao Ver. Adeli Sell, quem sabe V. Exª possa usar a Liderança após a Ordem do
Dia, o espaço fica preservado. É uma faculdade do Vereador. Não posso negar, se
ele mantém a inscrição, vou franquear a palavra.
O SR. CARLOS COMASSETTO (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, o senhor consultou a Bancada oposicionista. Eu pedi um tempo para
consultar a nossa Bancada e dar retorno. Estava lhe trazendo o nosso retorno de
que concordávamos em suspender o período de Comunicações, temos dois nomes
inscritos, mas manteríamos a Liderança, porque temos um assunto importante, do
nosso ponto de vista, para trazer ao debate nesta Casa política. Portanto, esse
é o nosso limite do acordo para agilizarmos aqui os trabalhos.
O SR. PROFESSOR GARCIA (Questão de Ordem): Presidente,
ouvi a fala do Líder do PT; só que, em todos os processos, tenho notado que o
Vereador Líder do PT diz que vão fazer o debate, que vai consultar; aí fica
protelando, e não vem uma resposta. Quer dizer, então,que a regra do jogo é o
seguinte: está aberto, vamos fazer o enfrentamento, vamos pedir o Grande
Expediente. O Ver. Nilo tem que falar, vamos fazer a ordem normal da Sessão se
é essa a vontade, vamos ficar aqui.
O SR. HAROLDO DE SOUZA (Questão de Ordem): Presidente,
podemos suspender, a partir de hoje, toda e qualquer reunião em que vá se fazer
acordo para trabalhar nesta Casa. Não adianta fazer reunião de Mesa e
Lideranças; aí, depois, isso aqui é um circo, não é? Se acertamos na reunião
que vamos fazer tal coisa, todo dia temos que vir aqui para rever o acerto da
reunião? É a tal coisa, marcar a reunião, para marcar outra reunião; isso é
ruim!
O SR. BETO MOESCH (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, na minha opinião, não há porque ter Sessão Extraordinária, usando o
tempo de Liderança. Nós temos que entrar direto, para discutir as matérias em
Sessão Extraordinária. Nós estamos dentro do clima de Extraordinária. Não se
faça de louco, Ver. Adeli, como o senhor gosta de se fazer. Não se faça de
louco! Nós estamos em clima de Extraordinária, já estamos marcando outra para
amanhã. Vamos entrar direto na discussão, é isso!
O SR. NILO SANTOS (Questão de Ordem): Presidente, eu
quero justificar. Eu abri mão dos 15 minutos do Grande Expediente exatamente
para que nós acelerássemos esse processo. Se outros Vereadores não têm esse
entendimento, parece-me difícil nós continuarmos inclusive a Sessão, porque,
ora nós temos pressa em agilizar as votações, ora não temos pressa. Se temos
pressa, temos que votar de uma vez. Quero pedir ao Líder da oposição para que
entre num acordo, para acelerarmos esse processo, porque, senão, nós vamos
ficar discutindo, hoje, amanhã pela manhã, e não votamos nada a sério, porque
não há esse entendimento. Então, eu quero pedir para que o Ver. Comassetto se
organize com a sua Bancada, para que possamos dar prosseguimento desta Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Só peço que os
senhores sejam objetivos, todos.
O SR. ALCEU BRASINHA (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, segue a pauta, como está, porque não há entendimento. Segue a
pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Nobre Vereador
Presidente, V. Exª colocou em votação a entrada direta na Ordem do Dia e não
houve manifestação contrária de ninguém. Portanto, eu acho que nós estamos na
Ordem do Dia.
O SR. CARLOS COMASSETTO (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, primeiro quero fazer, aqui, a seguinte afirmação: todas as Sessões
Extraordinárias que o senhor tem convocado, quem tem dado quórum é a Bancada do
PT. Portanto, não venham aqui trazer a responsabilização pela morosidade dos
trabalhos à nossa Bancada. Nós somos os primeiros a chegar e os últimos a sair,
como Partido e como Bancada, deste Plenário. Segundo, o senhor nos consultou e
sempre como fazemos na nossa Bancada, nós tomamos, sim, medidas coletivas e
consultamos a nossa base. Portanto, o Ver. Professor Garcia não tem autoridade
para dizer, aqui, que eu assumi acordo e propus este acordo da inversão da
Ordem do Dia, porque não fui eu, foi o senhor quem propôs. Concluo: para nós
mantermos o andamento dos trabalhos não tem nenhum problema para nós acordarmos
que o Ver. Adeli deixe a fala para depois da Ordem do Dia; primeiro quero dizer
isso. Nós sempre concordamos com todas as possibilidades para agilizar os
trabalhos. Há poucos minutos, o Ver. Professor Garcia e o Secretário Fortunati
pediram para refazermos o acordo, para votarmos a Secretaria da Copa amanhã.
Prontamente concordamos. Portanto, não dá para dizer aqui que somos nós que
estamos interrompendo os trabalhos. Muito obrigado.
A SRA. MARISTELA MAFFEI (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, a Bancada do PCdoB tem sua posição e não precisa que ninguém assine
embaixo. Nós queremos entrar imediatamente na pauta.
O SR. HAROLDO DE SOUZA (Questão de Ordem): A bem da
verdade, nas reuniões de Mesa e Lideranças, quando vem o assunto para todos os
Líderes decidirem, todos decidem ali mesmo, mas a Bancada do Partido dos
Trabalhadores sempre diz: “Vocês têm que esperar, porque vamos consultar a
base”. É ruim, hein?
O SR. PROFESSOR GARCIA (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, eu só gostaria que o Ver. Carlos Comassetto viesse aqui para dizer
que já concordou com o dia 29, porque no dia 29 ele dará a resposta dizendo que
não, aí a votação vai ficar para janeiro.
O SR. GUILHERME BARBOSA (Questão de Ordem): Vereador
Sebastião, eu não dou autorização e não aceitamos que ninguém, Vereador nenhum,
venha fazer análise do nosso comportamento, porque hoje pela manhã, por
exemplo, a Sessão só abriu por causa da presença da nossa Bancada. Na primeira
chamada, de três Vereadores, dois eram da nossa Bancada. E assim tem sido. A
Bancada do Governo tem 26 Vereadores, sozinha agora dava quórum para qualquer
coisa. Várias Sessões só começam nesta Casa por causa da presença de nossa
Bancada. Agora vem aqui alguém que chega atrasado, que some do plenário, para
fazer avaliação da nossa Bancada? Que faça da sua, porque da nossa ninguém vai
fazer.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs.
Vereadores, eu não vou mais aceitar considerações. Estão encerradas as Questões
de Ordem sobre essa matéria. Peço a compreensão dos senhores Líderes. Quero
agradecer as manifestações, recebi todas como contribuições.
O Presidente da Casa é um escravo do Regimento. Eu
tento conduzir aqui aquilo que é o espírito que tem norteado as nossas Sessões.
Agora, evidentemente que se o Vereador pede a palavra, a Liderança é facultada
antes ou depois da Ordem do Dia, na medida do seu pedido, e o Presidente não
tem outra coisa a fazer senão deferir.
Portanto, quero agradecer a compreensão das
Bancadas.
Passamos à
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregôo a Emenda nº 01 ao PLE nº 058/08, que cria a Secretaria Extraordinária
da Copa 2014, SECOPA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 5381/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 219/08, de autoria do
Ver. Marcelo Danéris, que dispõe sobre a concessão de tratamento diferenciado e
simplificado às microempresas, às empresas de pequeno porte e aos
empreendimentos de economia popular e solidária nas contratações públicas de
bens e serviços dos órgãos da Administração Direta e Indireta.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 17-12-08;
- adiada a discussão por uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 219/08, de autoria
do Ver. Marcelo Danéris. (Pausa.)
O
SR. ALDACIR OLIBONI (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito o adiamento da discussão do PLL nº 219/08, por uma Sessão.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em
votação o Requerimento, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, solicitando
o adiamento da discussão, por uma Sessão, do PLL nº 219/08. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
VOTAÇÃO NOMINAL
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
2º TURNO
PROC. Nº 9163/07 - PROJETO DE
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 005/07, de autoria da Vereadora Maria Celeste e outros, que altera dispositivos
da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. (Adequação da LOM ao Regimento da
CMPA.) Com Emendas nos
01 a 05.
Parecer Conjunto:
-
da CCJ,
CEFOR, CUTHAB e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Luiz Braz: pela aprovação do
Projeto e das Emendas nos 02, 04 e 05 e pela rejeição das Emendas nos
01 e 03.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em
ambos os turnos - art. 130 do Regimento da CMPA;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 08-12-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação
nominal, em 2º turno, o PELO nº 005/07. (Após a apuração nominal.) APROVADO,
em 2º turno, por 26 votos SIM.
Em votação nominal o bloco composto das Emendas nº
02, 04 e 05 ao PELO nº 005/07 (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por
29 votos SIM.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 6526/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 056/08, que autoriza a abertura de créditos suplementares no Poder
Executivo Municipal, no valor de R$ 38.360.359,00 (trinta e oito milhões,
trezentos e sessenta mil, trezentos e cinqüenta e nove reais), e dá outras
providências.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e CUTHAB Relator-Geral Ver. Professor
Garcia: aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA
– art. 122, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 18-12-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PLE nº 056/08. (Pausa.) O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLE nº 056/08.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo, nós estamos votando uma proposição do
Executivo Municipal, que pede a autorização de abertura de créditos
suplementares de 38 milhões de reais, se arredondados. O Sr. Prefeito, na sua
curtíssima Exposição de Motivos, diz que tais créditos destinam-se à manutenção
e operação da máquina administrativa no valor de 23.300, sendo que quase 700
mil correspondem à publicidade da campanha do pagamento antecipado do IPTU e ao
aumento do capital social da Empresa Pública de Transporte e Circulação, 15
mil.
Muito
bem, 700 mil reais correspondem à publicidade da campanha para pagar IPTU. Todo
mundo sabe, há anos, que nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro há esse
processo. Para que gastar 700 mil reais em publicidade para o pagamento
antecipado do IPTU?! Se nós fizermos as contas, se fosse enviado aquele
documento baratíssimo que há nos Correios, nós gastaríamos menos da metade
disso, e todos receberiam em casa, ou, se as pessoas receberem em casa o seu
carnê, e nele estiver a anotação de pagamento antecipado, como de fato as pessoas
recebem, para que gastar 700 mil reais de publicidade?! Dê em desconto, Ver.
Alceu Brasinha, para as habitações populares, dê 700 mil reais de desconto para
aqueles que pouco têm. Mas isso é para irrigar a grande mídia, que não cobre as
Sessões da Câmara, quando fala da Câmara, não fala da Câmara real, mas das
picuinhas, das idiossincrasias e de alguns bate-bocas, essa é a questão.
Setecentos mil reais em publicidade! Ah, se o povo da periferia, se o povo do
Morro da Cruz, da Vila Cruzeiro, da Lomba, da Zona Norte, das vilas pobres
soubessem, tivessem condições de nos ver pela TVCâmara, a realidade seria
outra, muito diferente, Verª Margarete Moraes! Não há dinheiro para dar
publicidade para jornal de bairro! Ali, sim, se tivessem programado, com uma
mixórdia de reais, todos os jornais de bairro dariam essa nota. Antecipar é
notícia, não é preciso pagar publicidade caríssima em jornal para IPTU
antecipado! Isso é uma vergonha! Gastar dinheiro desse jeito, jogar dinheiro
pelo ralo, quando, nós, Maria Luiza, não temos, e a Prefeitura alega que não
tem condições de tratar da questão dos meninos e das meninas em situação de
rua, dos moradores de rua, do povo pobre da periferia! E os medicamentos que
faltam na periferia? Com 700 mil reais, Brasinha, daria para comprar remédios
para os nossos velhinhos.
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, eu estava
analisando o que o senhor estava falando: com esses 700 mil reais poderiam,
quem sabe, fazer cem casas populares, pois cada uma custa em torno de oito mil
reais, sete mil reais. Imagine! Eu acho que, no próximo mandato, na próxima
Legislatura, no outro ano, quem sabe nós possamos pedir que, em vez de gastar
em publicidade, se possam fazer essas casas.
O
SR. ADELI SELL: Por
exemplo, nós aceitamos que o Ver. Brasinha faça uma Emenda, nós podemos usar
mais alguns tempos aqui, o senhor pode fazer a Emenda, que nós vamos aprovar.
O
Sr. Alceu Brasinha: Obrigado,
Ver. Adeli.
O
SR. ADELI SELL: Porque
nós queremos o bem da Cidade; essa é a realidade. Agora, 700 mil reais! Eu
estava pensando que nós deveríamos votar favoravelmente, mas eu quero conversar
com a minha Bancada antes de votar sobre o que fazer. Ver. João Dib, V. Exª foi
Prefeito, e pelo que eu sei, não gastava essas babilônias de dinheiro em
publicidade, não é verdade? Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 056/08.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, é verdade, quando eu era
Prefeito, eu não gastava esse dinheiro em publicidade. E acho até que seria
muito mais interessante ter gasto, porque os 20% de desconto eram dados para um
imposto que se cobrava em 12 parcelas iguais, mensais e sucessivas. Portanto,
dar 20% era um grande negócio para a municipalidade e valeria fazer
publicidade, mas nós não fazíamos. Agora, a autodenominada Administração
Popular, essa fazia bastante - fazia sem medir, a mancheias. Todas as
Prefeituras do Rio Grande do Sul também fazem, porque todas querem e precisam,
no início do ano, de uma arrecadação maior. Isso vai fazer com que a Prefeitura
arrecade de 35% a 40% daquilo que está previsto para todo o ano. Portanto, é
uma despesa correta e é até 700 mil reais, não significa necessariamente que a
Prefeitura vai gastar 700 mil reais. É tão difícil a contrariedade, que o Ver.
Adeli Sell levou cinco minutos tentando dizer a mesma coisa de sempre: 700 mil
reais é muito dinheiro. Realmente, 700 mil reais é muito dinheiro para mim e
para ele, mas para que a Cidade faça uma arrecadação de 60, 70 milhões de
reais, não é muito dinheiro. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 056/08.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Bancada do meu Partido, o PT, demais que nos
assistem, realmente, Ver. João Antonio Dib, isto sempre foi prática: os
governos poderem fazer antecipação de arrecadação. Mas há um excesso de gastos
em publicidade no atual Governo. E eu tive acesso a uma Peça do Plurianual que
está sendo elaborado e, para a próxima gestão, há uma quadruplicação das verbas
de publicidade, especialmente as destinadas a um único grupo empresarial da
comunicação. Nós temos votado aqui o Orçamento, Ver. Adeli, e esse sempre fica
muito longe de ser realizado. Por exemplo, o Orçamento em investimentos, neste
ano, seria em torno de 320, 330 milhões de reais. O liquidado, o empenhado foi
aproximadamente 120 milhões de reais, ou seja, 40%. E o Governo tem apresentado
peças orçamentárias bastante fictícias, longe da realidade. Em particular, o
DMAE, que eu conheço bem de perto, no ano de 2007, teve uma diferença entre o
projetado e o arrecadado de 46 milhões e 500 mil reais; uma diferença muito
expressiva. E na Centralizada também não tem sido muito diferente: a Receita
projetada é uma, a Receita realizada é outra absolutamente diferente, e os
Programas também, Ver. Comassetto. Entre os Programas orçados e o empenhado, o
liquidado e o pago, é muito diferente, não tem chegado a 50% em média, mas
muitos têm execução zero. Então, eu vejo como bastante complicado esse tipo de
medida estar acontecendo praticamente na última semana do Governo; na última
semana da Câmara vem um pedido de suplementação nesses níveis.
E
volto a reiterar: os gastos com publicidade têm sido exagerados ante o conjunto
de necessidades que a comunidade tem, ante as questões de necessidade em Saúde,
em remédio, assistência social, população de rua, segurança e o conjunto dos
programas de atividades sociais. Então, para algumas coisas, há muito dinheiro,
e dinheiro fácil; para outras coisas, há um esquecimento total. É assim que a
Cidade tem sido tratada. Por isso, o nosso protesto.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLE nº 056/08.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente desta Casa, Ver. Sebastião
Melo; caros Vereadores, caros colegas, evidentemente que eu votarei
favoravelmente. Eu vejo que o Ver. Professor Garcia nem me olha, ele já está
rindo. Ver. Professor Garcia, V. Exª, que representa aqui o Governo e a nós,
será que não dá para colocar na carona deste Projeto o parcelamento do ITBI? Eu
vou tentar fazer esse apelo para que se inclua o parcelamento do ITBI. Quando
eu coloco outdoor na Cidade para
divulgar a minha idéia, a Justiça Eleitoral me multa. Não tem como as pessoas
adivinharem que existe uma condição de parcelamento de um tributo tão
importante, que, aliás, se não me falha a memória, alcança em torno de 12% ou
13% da arrecadação do Município - e esse percentual vem crescendo. E o
parcelamento do ITBI em 12 parcelas fixas é a única maneira de as pessoas, que
ainda não conseguiram regularizar os seus imóveis, oi fazerem.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Bernardino, há tantas pessoas que têm contrato de gaveta, e
nesse caso, sim, caberia uma grande publicidade para regularizar essas
situações. Isso seria muito importante para o Município.
E,
desde já, quero colocar à sua disposição o meu caminhão para fazer propaganda
de graça para o senhor, no sentido de colaborar.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: De repente, o seu caminhão pode ser o
caminho.
Então,
eu deixo esse apelo, aqui, Ver. Garcia, para que o Governo aproveite a carona e
divulgue o parcelamento do ITBI. Quem sabe o colega possa reforçar este apelo
ao nosso Secretário da Fazenda, Cristiano Roberto Tatsch. Aliás, toda vez que
eu trago o assunto do parcelamento do ITBI, parece que nós nos distanciamos
cada vez mais, porque ele pensa diferente. Felizmente, o Prefeito José Fogaça
tem contrariado as vontades, os desejos do nosso Secretário da Fazenda, no que
diz respeito ao parcelamento do ITBI. Obrigado, Ver. Professor Garcia, se levar
esse apelo, para que nós possamos, então, incluir na publicidade a divulgação
do parcelamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero
registrar a presença do Diretor do DEMHAB, o Sr. Moussalle. Gostaria de avisar
aos Srs. Vereadores que vamos levar esta Sessão, rigorosamente, até às 17
horas, em razão da diplomação. Portanto, solicito celeridade ao processo.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 056/08.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu não queria ocupar a tribuna, mas o meu nobre
colega, Ver. Bernardino Vendruscolo, me incitou a isso. Primeiro, o Projeto que
estamos votando trata exclusivamente da solicitação de 700 mil para esta
questão do IPTU, que é a antecipação do IPTU até o dia 02 de janeiro, com
desconto de 20%, e, para isso, precisa-se fazer uma divulgação. Para os
senhores e as senhoras terem uma idéia, o IPTU de Porto Alegre arrecada, mais
ou menos, um valor de 160, 170 milhões, já arrecadou neste período, até o dia
02 de janeiro, mais de 60%, ou seja, há a expectativa de se arrecadar 80
milhões de reais.
Quero
dar uma informação a V. Exª, Ver. Bernardino Vendruscolo, sobre o ITBI, já que
V. Exª é um dos grandes incentivadores. Vamos votar - não sei se vai ser hoje,
se não for hoje, será amanhã - um Projeto que tem algumas alterações
tributárias, entre elas um grande projeto de relevância social, especificamente
do ITBI. O Prefeito Fogaça está propondo a esta Casa que toda aquela família de
classe média, de baixa renda, não seja tributada; não vai pagar ITBI se for a
primeira conta. E quanto ao IPTU, não vai pagar também até a quitação total do
imóvel.
Eu
acho isso salutar, porque é um projeto de relevância social, mas não tem nada a
ver com este Projeto, que aqui, no bojo dos 38 milhões, tem 15 milhões de
aumento de capital da EPTC e tem esses 700 mil, que parece um valor
exorbitante, mas para uma mídia de poucos dias, é um valor que se faz
necessário.
O
Sr. Bernardino Vendruscolo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Professor Garcia.
Sobre esse Projeto eu quero dizer que hoje existe essa isenção, estabelece e
condiciona imóveis construídos através das cooperativas oficiais, como a do
DEMHAB. Eu acho que é um grande avanço. Mesmo assim, sabedor disso, fica o
apelo: vamos divulgar o parcelamento do ITBI. Obrigado.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Eu
acho que pode e que deverá haver campanha, mas não com essa questão, porque
agora é uma questão temporal, ou seja, até o dia 2 de janeiro.
O
Sr. Claudio Sebenelo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Mais do que isso, Vereador,
quando se faz um investimento de 700 mil reais em propaganda, nós podemos ter
mais de 10% do valor do IPTU pagos antecipadamente. São mais de 10% que entram
para os cofres. Então, essa propaganda não é um gasto; é um belo investimento.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: É
um investimento que chega a mais ou menos 0,8%, 07% do total arrecadado. Só vim
fazer este esclarecimento, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço
pelas manifestações. Está encerrada a discussão.
Em
votação o PLE nº 056/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO, com o voto contrário do Ver. Carlos
Todeschini.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 6502/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 055/08, que autoriza a desafetação do uso de bem comum do povo e a
permuta de imóveis do Município com a empresa Villa Nova Desenvolvimento Urbano
Ltda., e dá outras providências.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM Relator-Geral Ver.
Professor Garcia: aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 18-12-08.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em
discussão o PLE nº 055/08. (Pausa.) O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra
para discutir o PLE nº 055/08.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Ver.
Sebastião Melo, nosso Presidente, que comanda a Sessão; colegas Vereadores e
Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham, é um Projeto com certa
normalidade, digamos assim, porque a Prefeitura, ao longo de sua existência,
faz essas operações de acordo com as suas necessidades. Em princípio, este
Vereador, e creio que a minha Bancada, não terá posição contrária ao Projeto
que propõe trocar algumas áreas do Município com outras áreas de um
proprietário particular. A Empresa denominada Villa Nova Desenvolvimento Urbano
Ltda, do bairro Belém Velho, que, pela Exposição de Motivos do Sr. Prefeito tem
o objetivo de melhorar a circulação no entorno, porque vai conseguir, Ver. João
Dib, transformar uma via não-pavimentada, ainda que em determinada posição faça
um ângulo de 90 graus, numa outra possibilidade de desenvolvimento muito mais
adequada, quase numa reta e margeando uma Área de Preservação Ambiental e uma
área já ocupada.
A
avaliação do valor das áreas diz que os terrenos da Prefeitura valeriam R$
197.150,00, enquanto que os terrenos da empresa Villa Nova valeriam R$
378.480,00, portanto, há um valor a favor da empresa de R$ 181.330,00, de cuja
diferença o proprietário da empresa estaria abrindo mão. Apesar de uma certa
surpresa de que uma empresa abra mão de 181 mil reais, enfim, o que nos leva a
entender do Projeto e da explanação do Sr. Prefeito é que a troca é vantajosa
para o Município, principalmente para o desenvolvimento das suas vias de
locomoção. No futuro, essa via pavimentada terá uma importância muito grande
para o trânsito da região, ligando Belém Velho à área da Restinga, e assim por
diante. Uma grande importância já tem hoje, apesar de não-pavimentada; quando
estiver pavimentada, mais ainda. Então, como objetivo principal, declarado,
nada contra ao Projeto. Só fica uma certa surpresa de que uma entidade
empresarial abra mão de 181 mil reais. Talvez, pelos terrenos da Prefeitura
terem alguma vantagem comercial no futuro. Hoje não teria, pela avaliação que
foi mostrada no Projeto, mas, Ver. Dib, no futuro, quem sabe. De qualquer
maneira, como objetivo principal do Projeto, o voto deste Vereador e, creio, da
minha Bancada, será favorável. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Sr. Presidente, conforme o nosso Regimento Interno, art. nº 177, declaro-me
impedido de votar essa matéria, pois, há oito anos, fui um dos autores, pois,
como engenheiro, trabalhei nesse Projeto. Portanto, quero deixar esse registro.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Está
registrado o impedimento nos Anais da Casa. Encerrada a
discussão. Em votação o PLE nº 055/08. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade, com o impedimento do Ver. Carlos
Comassetto.
Apregoamos a
Emenda nº 01, de autoria do Ver. Professor Garcia, ao PLL nº 049/07, que
institui no Município de Porto Alegre o programa de Incentivo ao tratamento e à
Reciclagem de Óleos e Gorduras, estabelece suas diretrizes, e dá outras
providências. - 1º suprimem-se os itens IV do art. 2º e o III do § 2º do art.
3º.
Apregoamos a
Emenda nº 01, de autoria da Verª Maristela Maffei, ao PLL nº 040/07, que
acrescenta parágrafo 4º ao art. 3º com a seguinte redação: § 4º do art.3º - O
cercamento, a manutenção e a proteção da área a ser doada antecipadamente será
de responsabilidade da entidade que receberá a outorga de Concessão Real de Uso
de parte da mesma.
Requerimento,
de autoria do Ver. Carlos Comassetto, solicitando dispensa do envio das Emendas
01, 02 e 03 ao PLCE nº 003/08 às Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento,
de autoria do Ver. Carlos Comassetto, solicitando dispensa do envio das Emendas
01 e 02 ao PLE nº 058/08 às Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento,
de autoria do Ver. Professor Garcia, solicitando dispensa do envio da Emenda 01
ao PLL nº 049/07 às Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Amanhã haverá
Sessão, sim, mas, às 11h, ocorrerá reunião com o Grêmio, e, depois, às 13 horas, com o Internacional.
Mandaremos oficialmente para as caixas de correspondência, mas V. Exas
já ficam, antecipadamente, avisados.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1616/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 049/07, de autoria do Ver. Adeli Sell, que
institui, no Município de Porto Alegre, o Programa de Incentivo ao Tratamento e
à Reciclagem de Óleos e Gorduras, estabelece suas diretrizes e dá outras
providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do
Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Carlos Comassetto: pela aprovação do
Projeto;
- da COSMAM. Relatora Verª Maria Celeste: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 08-12-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião
Melo): Em discussão o PLL nº
049/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLL nº 049/07
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade. (Palmas.)
Em votação a
Emenda nº 01 ao PLL nº 049/07. Não há quem queira discutir. Em votação a
Emenda nº 01 ao PLL nº 049/07.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 3287/08 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 003/08, que cria a Agência Municipal de Inovação
e Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Porto Alegre – INOVAPOA, no
âmbito da Administração Descentralizada do Executivo da Prefeitura Municipal de
Porto Alegre – PMPA, e dá outras providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA
– art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 24-11-08;
- adiada a discussão por uma Sessão;
- discutiram a matéria os Vereadores G. Barbosa, A. Sell e A.Brasinha,
em 15-12-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião
Melo): Em discussão o PLCE nº 003/08. (Pausa.) O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o PLCE nº 003/08, por
cedência de tempo do Ver. Carlos Comassetto.
O SR. GUILHERME
BARBOSA: Ver. Sebastião Melo, colegas Vereadores, diferente
do meu estilo, tenho vindo muito a esta tribuna, mas acho que os Projetos
estão, de certa maneira, nos convidando para fazer o debate. Esta é uma
proposta que traz uma série de inovações para a estrutura da organização da
Prefeitura. Pretende o Executivo, através deste Projeto, criar uma nova
entidade na Prefeitura de Porto Alegre com uma outra figura jurídica, não nova
no Brasil, mas nova, sim, no nosso Município, na nossa Prefeitura exatamente. Pretende-se
criar então uma autarquia especial. As autarquias já existem na estrutura do nosso poder Executivo. O DEMHAB, DMLU
e DMAE são autarquias, e, para os que não estão muito acostumados com essa
discussão e não têm nenhuma obrigação também, autarquia é um ente jurídico do
Poder Executivo, mas é considerada da Administração Descentralizada.
Elas
têm uma contabilidade própria em princípio, uma arrecadação própria; já não é o
caso do DEMHAB, que tem alguma, mas longe de ser suficiente - não é Diretor? -,
como sabemos, assim como o DMLU, que recebe uma série de recursos do cofre da
Fazenda.
Dos
três que citei, o DMAE “anda pelas suas próprias pernas”, tem sua conta,
felizmente, superavitária, e tem conseguido investir significativamente na
Cidade.
Essa
proposta cria, então, uma Autarquia Especial. O que significa isso? Que ela tem
muita semelhança com o que se chama de agências, hoje, no Brasil. Em nível
nacional, a Aneel, que é Agência Nacional de Energia Elétrica; a ANA, Agência
Nacional de Águas; a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, e assim por
diante. No Estado, nós temos a Agergs, que é semelhante, e, portanto, uma
novidade expressiva nessa Autarquia Especial, que é a existência dos dirigentes
com mandato.
Vejam
que, portanto, ao serem indicadas pelo Sr. Prefeito, essas pessoas, a menos que
cometam algum ato na esfera criminal, não poderão ser retiradas desse mandato.
É uma grande novidade. E, a menos que eu tenha me passado no Projeto, não está
definido claramente como será feita essa eleição, digamos assim.
Em
todos os outros casos que eu citei, há indicação do chefe do Executivo, e,
depois, a respectiva Casa Legislativa aprova o nome. Faz uma espécie de
sabatina, aprova o nome, e a pessoa indicada recebe o mandato.
E
isso não está claro no Projeto, a menos, repito, que a minha leitura tenha
passado por cima desse artigo, e eu não o tenha visto.
Porém,
o Governo comete alguns equívocos quando propõe a criação do Inovapoa. Não pelo
fato de criar o Inovapoa. Mas ele apresenta para a criação do Inovapoa a
extinção da Secretaria de Captação de Recursos. Bem, isso é uma contradição
política que queríamos registrar aqui. A Secretaria Municipal de Captação de
Recursos é uma Secretaria que serve a toda a Cidade e que deveria buscar
recursos para todos os projetos e todas as áreas. E os Projetos de
infra-estrutura que não estão dentro da Secretaria ou da agência do Inovapoa,
como é que se vão captar esses recursos? E os Projetos voltados à Agricultura,
que não ao fomento da Agricultura, que não estão dentro do Inovapoa?
Portanto,
prezados colegas Vereadores, no momento em que nós estamos trabalhando para
criar uma Agência - como eu já disse aqui, vem ao encontro do trabalho que esta
Câmara tem desenvolvido, e que tive, e tenho a satisfação de estar coordenando
junto com o nosso Suplente, Newton Braga Rosa -, pois a Cidade de Porto Alegre
conquistou a maior Feira Mundial da Tecnologia da Informação e Comunicação,
para o primeiro semestre de 2010, a Cebit, no Brasil, ou seja a Feira de
Hannover, de Tecnologia da Informação e Comunicação, aqui na América Latina, no
Brasil, no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre. Um trabalho que esta Câmara fez
no Comitê de que participamos e elaboramos.
Portanto,
a criação do Inovapoa é uma boa iniciativa, mas eu registro este outro desmonte
que é extinguir a Secretaria de Captação de Recursos com a justificativa de
criar o Inovapoa. Nós estamos apresentando à nossa Bancada três Emendas que vêm
no sentido de ampliar a vinculação do Inovapoa ao Comcet, Emenda também
assinada pelo Líder do PSDB. O Conselho Municipal da Ciência e Tecnologia é o
Conselho composto por um conjunto de entidades científicas de trabalhadores
empresariais, representando a sociedade. Portanto, no momento em que colocamos
esta Emenda para que o Inovapoa trabalhe em conjunto, acordado com o Conselho
Municipal de Ciência e Tecnologia, estamos alinhando um trabalho a ser
desenvolvido em concordância.
A segunda Emenda que apresentamos amplia
a participação da sociedade no Conselho Deliberativo do Inovapoa. A terceira é
a que introduz um integrante da sociedade civil no Conselho Fiscal do Inovapoa;
todas elas no sentido de ajudar a qualificar essa entidade, principalmente na
sua transversalidade com a sociedade.
Por exemplo, na Emenda que apresentamos
sobre a participação no Conselho Deliberativo, estamos propondo que um
representante do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do
Rio Grande do Sul - CREA - faça parte; bem como faça parte do Conselho Fiscal
um membro e um respectivo suplente, indicado pelo Prefeito Municipal; e um
membro e um respectivo suplente, indicado pelo Conselho Regional de
Contabilidade do Rio Grande do Sul. Portanto, estamos apresentando essas
Emendas para que a formação e fundação do Inovapoa se crie e se constitua já
com a maior participação dos segmentos da sociedade que trabalham o tema da
inovação da Tecnologia da Informação e Comunicação. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Encerrada a discussão. (Pausa.) Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Guilherme Barbosa, o PLCE nº 003/08
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM.
É possível votar as Emendas em bloco? Consulto os Líderes do Governo e da oposição. (Pausa.)
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, as Emendas nº 01, 02 e 03, ao PLCE nº 003/08. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADAS por 06 votos SIM e 18 votos NÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 3356/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 025/08, que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da
Agência de Inovação e Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Porto Alegre
– INOVAPOA, dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e CUTHAB Relator-Geral Ver. Nilo
Santos: aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 18-12-08.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLE nº 025/08. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação o PLE nº 025/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
pergunto aos Srs. Líderes se há algum acordo para continuar o processo de
votação? Por gentileza, venham à Mesa.
Estão suspensos os trabalhos da presente Sessão.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 16h04min): Estão
reabertos os trabalhos da presente Sessão. Quero dizer que, rigorosamente, nós
cumprimos a Ordem do Dia. Eu solicitei aos Srs. Líderes - e o Presidente só
pode colocar mais Projetos em votação na Ordem do Dia se houver acordo. E não tendo
acordo, nós damos por encerrada a Ordem do Dia e passamos para os demais
períodos da Sessão.
Antes, porém, o Ver. Alceu Brasinha está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
eu venho a esta tribuna para falar de dois assuntos - o Ver. Nedel se encontra?
Instantes atrás, eu e o Ver. Nedel tivemos uma discussão. Ver. Dr. Goulart, meu
Líder, quero que o senhor me permita falar sobre esse assunto; eu estava
falando com o Ver. Nedel sobre banco. Por que banco?
Sou contra banco e também sou contra Carrefour e Big. Bancos ganham muito,
cobram tudo! E o Ver. Nedel sempre vem discutir e vem defender bancos, por que,
Vereador? Eu gostaria de saber do senhor por que essa defesa toda sempre dos
bancos, Ver. Nedel? Será que nos não sabemos contas, não sabemos números? Só o
Ver. Nedel sabe explicar quando se fala em números ou em bancos. Bancos cobram
tudo, cobram taxas, talão de cheque, tudo o que puder cobrar no seu extrato. Eu
acho um verdadeiro absurdo o que o banco faz com os correntistas. Por que o
banco cresce cada vez mais e tem mais dinheiro? Porque tira do correntista! Eu
quero dizer, Vereador-Presidente desta Casa, que votei favorável, naquela vez,
àquele Projeto seu, que aumentava o IPI para bancos, mas que não foi
sancionado? Quero dizer para o senhor que, se tiver outro projeto, eu serei um
defensor junto. Vamos aumentar o ISSQN para os bancos! Eles ganham muito
dinheiro, Ver. João Carlos Nedel! V. Exª não está gostando do meu discurso! V.
Exª não está gostando, Ver. João Carlos Nedel, mas tenho certeza absoluta de
que muita gente aqui gosta! Nós sabemos o quanto é difícil estar “no vermelho”
com o banco. Eu sou um dos que devem sempre! Eu nunca consegui ter a minha
conta em dia, porque o juro é um absurdo!
Ver. Elias Vidal, como pode ser que botamos
dinheiro no banco, temos de pagar para tirar extrato, temos de pagar para ter
um talão de cheque, pagar para ter um cartão? Tudo tem taxa! E aí vem me dizer
que banco é bom? Eu quero ser parceiro de vocês aqui. Se um Vereador tiver um
Projeto que aumente o ISSQN para o banco, eu sou favorável, vou votar sempre
junto, porque eu não vou defender bancos. Eu defendo, sim, o capital dos
pequenos e médios empresários. Esses, sim! Não defendo, também, Big nem
Carrefour, porque o Carrefour, onde passa, é um mal para a Cidade, quebra todo
o comércio ao lado, quebra tudo! Vem um grande, um megaempreendimento e, dentro
de um ano a dois, pode passar e ver vê se já não está quebrado o minimercado,
se já não está quebrado o açougue, está quebrada a farmácia, está quebrada
aquela senhora que vende a roupa lá na lojinha; estão quebrados! Por quê?
Porque esses empreendimentos que vêm lá do outro lado do mundo e não querem nem
saber se vão estragar a vida daquele cidadão, daquela família que tem um
emprego barato, mas que sustenta a sua família de dois ou três filhos, isso,
sim.
Também quero avisar os Srs. Vereadores que, amanhã,
a Governadora estará, às 10h30min, na Baltazar de Oliveira Garcia, inaugurando
as paradas de ônibus da Baltazar. Estou fazendo um convite aos senhores que
participaram várias vezes indo lá, e há muita gente aqui, também, inclusive um
cidadão que fez campanha em cima da Baltazar, dizendo que a Governadora não
teria palavra e não iria completar a obra. Pois bem, completou a obra, e,
amanhã, a estará inaugurando.
Estou convidando os Srs. Vereadores a participarem
junto, amanhã, às 10h30min.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Convido
o Ver. Claudio Sebenelo a assumir a presidência dos trabalhos.
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela
oposição.
(O
Ver. Claudio Sebenelo assume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhoras e senhores, um
Parlamento se faz sempre com, no mínimo, dois lados: com situação e oposição.
Eu tenho muito orgulho de falar aqui em nome da nossa Bancada, a Bancada do
Partido dos Trabalhadores, que tem contribuído muito e sempre. Aqui está o
Presidente, Ver. Sebastião Melo, que é testemunha dessa nossa postura como
Partido e como Bancada.
O
que existe, por parte do Líder do Governo, é uma confusão entre Bancada de
oposição, que tem propostas, que apresenta conteúdos, que propõe discussão, com
uma postura de deselegância, quando impede o diálogo, quando impede que a
possibilidade do contraditório se estabeleça, e quando não tem a grandeza de
reconhecer as propostas que são elaboradas e que podem contribuir para a
qualificação da Cidade.
A nossa Bancada, em todas
as Sessões Extraordinárias, foi que garantiu o quórum para que as Sessões se
instalassem. Em todas, Ver. Claudio Sebenelo, nem numa primeira, e nem numa
segunda; foi em todas. Demos acordo ao Governo, mesmo com a sobrecarga de
Projetos que apresentou a esta Casa, para serem votados 17 Projetos em dez
dias, Projetos esses que estão ingressando na Casa sem grandes discussões com a
sociedade. Quero colocar, Verª Neuza, a senhora que chegou há poucos minutos e
não participou do debate, mas que entrou quando estava sendo encerrada a
votação e deu o seu voto para ajudar a intransigência a se instalar
definitivamente naquele Projeto do Inovapoa, em que construímos três Emendas
que buscavam dar sustentação, democratizar e qualificar o Projeto. O
comportamento sectário da Liderança do Governo foi simplesmente para comandar a
rejeição. E o que diziam as três Emendas? A primeira delas, inclusive assinada
em conjunto com o Líder do PSDB, prezado Luiz Braz, dizia que a Agência de
Inovação Tecnológica deveria trabalhar em conjunto com o Conselho Municipal da
Ciência e Tecnologia, que é quem faz as discussões, os debates e orienta esse
tema na cidade de Porto Alegre. Isso é contribuir para que a democracia se
efetive e para que uma agência como esta que está sendo criada possa ter, em
Porto Alegre, a participação das universidades, possa ter a participação das
empresas, possa ter a participação da sociedade civil, possa ter a participação
das instituições tecnológicas. Bem, votar contra só porque foi construída pela
Bancada do Partido dos Trabalhadores? Mas, sempre, quando precisa manter o
quórum ou dar acordo para a Ordem do Dia, nós demos acordo e cumprimos a nossa
palavra com todos os Projetos.
Portanto, Srs. Vereadores
da base de oposição, estou aqui, em nome da nossa Bancada do Partido dos
Trabalhadores, dizendo que nós tratamos todos os Partidos e as suas Lideranças
com o maior respeito, reconhecemos as suas diferenças e as nossas divergências.
Portanto, para o bom funcionamento desta Casa, queremos e estamos sempre
dispostos a dialogar, discordar quando for preciso e assim o faremos sempre. O
nosso papel de oposição é fiscalizar, mas queremos também fazer com que esta
Casa trabalhe e trabalhe honestamente.
Dito
isso, concluo Sr. Presidente, e amanhã, às 9h, Professor Garcia, o senhor traga
a sua base para dar quórum aqui nesta Casa, porque até hoje a base do Governo
não deu quórum para as Sessões Extraordinárias. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Apregoamos
a Emenda nº 02 ao PLE nº 058/08, que cria a Secretaria Extraordinária da Copa
de 2014. (Lê.): “Altera a redação do parágrafo único do art. 11: ‘os cargos em
comissão e funções gratificadas criados nesta Lei serão automaticamente
extintos em 31 de dezembro de 2014’” Assinado pelo Ver. Carlos Comassetto.
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Vereadores e Vereadoras, ouvimos aqui a fala
do Líder da oposição, Ver. Carlos Comassetto. Efetivamente, o Partido dos
Trabalhadores tem dado quórum para muitas votações - concordo com Vossa
Excelência. Mas também gostaria que fosse mais participativo, e ganhássemos
tempo, porque o nosso tempo é muito limitado. Nós não podemos gastar o tempo
prorrogando votações, não entrando em acordos, nós gostaríamos que o diálogo
fosse mais elevado, sinceramente. E acho que nós temos pessoas extremamente
inteligentes para que esse diálogo seja mais efetivo, e que a Cidade não tenha
prejuízo. Nós temos que cuidar muito do bem comum e às vezes nós ficamos
pensando - e faço a mea culpa - nos nossos eleitores e não pensamos no
todo da Cidade. Ficamos, às vezes, pensando nas nossas ideologias e não
pensamos no bem comum. Então, faço um apelo para que a gente realmente pense
mais no bem comum, no bem da nossa sociedade.
Há
pouco, o Ver. Brasinha esteve aqui e falou que eu defendia bancos, que ele é
contra bancos, que é contra o Carrefour, é contra o Big. Olha, Ver. Brasinha,
lamento a sua posição. Eu acho que nós temos que analisar tudo. Analisar,
discutir, debater, e não ser contra a priori -“sou contra”. Isso não é
inteligente. Ele disse que é contra bancos, que os bancos estão ganhando muito
dinheiro. Por que estão ganhando muito dinheiro? Isso tem que ser muito claro!
Porque o Governo Federal deve um trilhão e 200 bilhões de reais na dívida
interna, que são títulos que o Governo emite e os bancos compram. Os bancos
pagam lá 0,5% na poupança e vendem o dinheiro para o Governo a 13,75%. Vendem
para o Governo! Eles pagam 6% para a população e vendem a 13,75% para o
Governo, e o Governo é que paga! Ora, se o Governo dissesse que não compra a
13% e comprasse a 8%, os juros baixariam, meu ilustre. É porque tem quem pague,
simplesmente por isso os bancos ganham dinheiro. Nós aqui não nos damos conta,
Ver. Sebenelo; também conheço as suas posições respeitáveis. Nós temos que nos
dar conta de que o maior contribuinte de ISSQN, em Porto Alegre, são exatamente
os bancos.
Nós
aqui, há pouco tempo, votamos uma Lei que prejudica toda a sociedade, aquela
Lei dos vidros blindados, uma Lei horrorosa, contra toda a sociedade, uma Lei
prejudicial a todos nós. Esses tempos, queríamos votar uma Lei que aumentava
impostos sobre os bancos, um imposto que eles repassariam ao consumidor. Nós
temos que ser mais inteligentes. Não é defender banco, é defender a
conseqüência disso, que vai recair sobre o tomador do empréstimo. Se o Vereador
é contra banco, muito bem, ele tem toda a liberdade. Não tenha conta em banco,
não se endivide com os bancos. Pronto, não tem mais problema. Não tem mais
problema, é só resolver o problema, não usando mais os bancos.
Então,
eu lamento a posição do Ver. Alceu Brasinha, que, na verdade, não é uma posição
inteligente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. João Carlos Nedel.
Com a palavra, o Ver. Carlos Comassetto.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, solicito verificação de
quórum.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito a abertura do painel eletrônico
para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Carlos Comassetto. (Pausa.)
(Após o fechamento do painel eletrônico.) Onze Vereadores presentes. Não há
quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão, e convoco todos os
Vereadores para a Sessão Extraordinária de amanhã, às 9 horas.
(Encerra-se
a Sessão às 16h24min.)
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